BATALHA DE SALAMIA 480 A.C
Conforme estudamos no artigo anterior: Segunda Guerra Medica; Termopilas
Depois de diversas humilhações pela falange espartana, as tropas de Xerxes massacraram Leônidas e seus 300 espartanos.
Graças ao suborno do grego Efialtes, os persas marcharam em direção a Polis (cidade-estado) de Atenas.
Mas o sacrifício espartano não foi em vão, os 300 de Esparta conseguiram ganhar tempo suficiente, quando os persas chegaram, Atenas já havia sido evacuada. Xerxes queimou a cidade, mas os atenienses não foram derrotados.
TEMÍSTOCLES
Desde sua infância Temístocles desejou viver no mundo político.
Nasceu em Feriza , no ano de 524 A.C, mas cresceu na periferia de Atenas.
Extremamente astuto, logo entrou para a vida pública, pois ele defendia a democracia e assim foi ganhando consideração entre os cidadãos atenienses. Ficou conhecido como Homem do Povo e assim a Eclésia (Assembleia Geral dos Atenienses) o elegeu como arconte epônimo, cargo mais importante entre os 9 magistrados.
Até então Atenas não possuía uma frota naval militar, Temístocles agora arconte de Atenas, ampliou o porto de Pireu.
Ele acreditava que os Persas tentariam novamente invadir a Grécia com uma frota maior. Desta forma lutou para Atenas ser uma potência naval, e depois de muita luta política conseguiu a aprovação para criar a frota militar de Atenas.
NAVIO DE GUERRA ATENIENSE
Os navios gregos eram denominados Trirremes, porque eram formados de três fileiras sobrepostas de remadores.
A tripulação era composta por cerca de 200 homens, sendo 10 hoplitas (soldado de infantaria) para abordagem, 20 marinheiros para manobra e 74 remadores.
Em sua couraça ficava um poderoso aríete de bronze.
O CONFLITO
Enquanto Xerxes incendiava Atenas, a esquadra ateniense estava atracada no estreito de Salamina.
Os persas estavam em vantagem numérica, pois sua frota somava dois navios persas para cada um navio grego e sua tripulação era formada de experientes marinheiros egípcios e fenícios, a derrota ateniense se mostrava evidente.
Temístocles estudou as estratégias persas e notou que eles estavam sempre dispostos a facilitar seu caminho utilizando de suborno e traições, evitando assim confrontos difíceis como nas Termopilas.
O general ateniense percebeu que poderia tirar proveito da estratégia persa em facilitar batalhas, enganando Xerxes ele se passou por traidor.
Temístocles foi até Xerxes e revelou a localização da esquadra grega, também disse que as tropas estavam mal organizadas e desesperadas, prontos a desertar.
A marinha persa mordeu a isca e a grande esquadra de Xerxes navegou em direção ao estreito de Salamina.
Navio da esquadra persa.
Somente quando chegaram ao estreito de Salamina, os persas perceberam que haviam caído em uma armadilha.
O que deveria ser um inimigo amedrontado e desorganizado, era na verdade um adversário em formação de batalha e motivado para defender sua pátria.
Como nas Termopilas, o estreito de Salamina neutralizava a vantagem numérica da esquadra de Xerxes, devido à falta de espaço para manobrar.
A batalha começou, os Trirremes gregos equipados com seus arietes de bronze foram lançados contra a esquadra persa, a poderosa esquadra de Xerxes teve seus navios destruídos. Os navios persas que resistiam ao impacto eram abordados e iniciou o combate corpo a corpo.
As embarcações atenienses eram mais flexíveis que as persas, devido a isso os gregos começaram a fechar o cerco sobre os persas. Os persas tinham muitos navios, mas esses ficaram congestionados, batendo uns nos outros, causando danos em si próprios.
Xerxes ordenou que colocassem seu trono no alto de uma colina, na qual assistiu a esquadra ateniense afundar seus navios um a um e seus milhares de soldados lutarem pela vida nos destroços.
Os persas que conseguiram nadar até a costa receberam o mesmo destino dos que se afogaram, pois na orla hordas gregas estavam posicionados com objetivo de executar os persas que nadassem até a praia.
Após um terço da esquadra de Xerxes ser destruída, o almirante persa deu a ordem de retirada.
Os gregos comemoram sua vitória!
Com a aproximação do Inverno, Xerxes voltou para a Pérsia. Mas deixou parte de seu exército com a missão de conquistar a Grécia.
No próximo artigo:
A Batalha de Plateia: O Combate Decisivo entre Gregos e Persas
Por: Eliandro Camargo Vassalo
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